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Do caos à superação

A implementação de diferentes políticas públicas em governos dos últimos 50 anos não conseguiu resolver as disputas por terra na região, ao contrário. Para o professor titular da Universidade Federal do Pará e doutor em Ciência e Desenvolvimento Socioambiental, José Benatti, essas intervenções, desconectadas umas das outras, só agravaram a situação: “Dependendo da fonte, entre 50 milhões e 60 milhões de hectares de terra estão em disputa hoje na região”, afirma.

Vinte anos de compras da agricultura família

Este livro tem por objetivo reunir diversas publicações recentes e produzidas pelo Ipea – contando ainda com a colaboração de pesquisadores de outras instituições – acerca do tema da agricultura […]

Infâncias nas Amazônias

O que as crianças das famílias ribeirinhas deslocadas das proximidades do Rio Xingu para dar lugar à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA) têm em comum com as crianças do povo Wapichana, que seguem a vida em sua aldeia do nordeste de Roraima?  Quase nada, exceto por serem todas elas “filhas” da Floresta Amazônica e estarem herdando uma crise ambiental para a qual não contribuíram.

A ciência a serviço da Amazônia

Ciência para a Amazônia. Esse foi o tema do evento organizado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) do qual participei durante a Cúpula de Ciências da 78º Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (UNGA78). Ao longo de um dia e quatro painéis, convidados brasileiros discutiram tópicos como avanço tecnológico, política pública, financiamento, bioeconomia, conhecimento tradicional e biodiversidade.

Earth beyond six of nine planetary boundaries

“A conversão do uso da terra e incêndios estão causando mudanças rápidas na área florestal e a desflorestação da floresta tropical da Amazônia aumentou a ponto de ter ultrapassado o […]

Artigo: Educação por um mundo com Amazônias

Como seria o mundo sem a Amazônia? Seria um mundo mais quente e seco: somente no Brasil, a temperatura subiria 0,25° e haveria 25% menos chuvas, segundo uma estimativa feita em 2019 pelos pesquisadores brasileiros Adalberto Veríssimo, Tasso Azevedo e João Biehl, e o americano Stephen Pacala, um dos maiores especialistas mundiais em mudanças climáticas.

Maioria dos limites vitais da Terra se rompeu, diz estudo

Seis das nove fronteiras planetárias foram rompidas, o que aumenta o risco de mudanças abruptas em larga escala, algumas irreversíveis, como a perda de espécies. Isso não significa que alterações drásticas no funcionamento da Terra irão ocorrer da noite para o dia, mas que o planeta está agora “bem fora do espaço operacional seguro para a humanidade”, segundo estudo de 29 cientistas internacionais publicado ontem.

Amazônia Legal, 70 anos

O conceito de Amazônia Legal nasceu na antiga Superintendência do Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), criada em janeiro 1953 por Getúlio Vargas, um ano antes de sua morte, com a finalidade de promover o desenvolvimento da agropecuária, a modernização do extrativismo e a integração da região à economia nacional. Regulamentada em outubro daquele ano com 4% do orçamento federal para investimentos, a iniciativa falhou. Entre outras razões, porque se dedicou mais a linhas de crédito para a borracha – em decadência após dois ciclos de apogeu comercial – e não investiu o suficiente em outros produtos e na infraestrutura social e viária da região. O órgão acabou extinto com o surgimento, em 1966, da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), sob a égide do governo militar e dos incentivos fiscais para desmatar, mas o mapa oficial de base para o planejamento no território amazônico permaneceu vivo.

Segurança é caminho imprescindível para garantir sustentabilidade na Amazônia

Para a Amazônia pensar em desenvolvimento sustentável, não pode deixar de lado a qualidade de vida da população que ali mora. Por isso, superar os desafios de violência e criminalidade é fundamental, em especial com um olhar integrado que relaciona o tema com educação, saúde e geração de empregos, dentre outras variantes.

Ligando pontos na educação: por que abraçar a complexidade

Recente relatório de monitoramento do Plano Nacional de Educação (PNE) mostra a Amazônia Legal atrás do restante do Brasil, segundo uma série de indicadores. Considerando que, em 2024, o PNE trará o planejamento para os próximos 10 anos, o momento é de debater os caminhos para aprimorar a educação no contexto da Amazônia Legal. O que fazer para que a Amazônia deixe de figurar entre as piores posições no quesito educação? Esta foi uma das questões levantadas na plenária “Educação: Território de Encontros”, promovida pela rede Uma Concertação pela Amazônia, em 21 de agosto.