Nas últimas décadas, os investimentos em infraestrutura em regiões ambientalmente sensíveis – como o bioma Amazônico, compartilhado por nove países – têm frequentemente priorizado megaprojetos, especialmente corredores de transporte para commodities de agronegócio voltadas para exportação e mineração, além de grandes barragens hidrelétricas com linhas de transmissão associadas. Tais intervenções têm contribuído para a conversão de florestas e outras vegetações nativas, emissões associadas de gases de efeito estufa, perda de biodiversidade, conflitos fundiários e migração para periferias urbanas que carecem de serviços básicos de infraestrutura, falhando em melhorar a qualidade de vida da vasta maioria das populações locais. Neste documento é argumentado que as instituições financeiras públicas nacionais e multilaterais podem desempenhar papéis importantes no apoio ao desenho e implementação de caminhos para uma infraestrutura sustentável, resiliente e inclusiva em regiões ambientalmente sensíveis, como a Amazônia, incluindo apoio para o planejamento inicial baseado em metodologias inovadoras e participativas.