Pequenos pedaços da cultura ancestral amazônica brotam da terra nos quintais das zonas urbana e rural de Parintins, no Amazonas: cacos de vasilhas, lascas com desenhos distintos, figuras com modelagens rebuscadas de seres humanos e não-humanos, objetos decorativos, urnas funerárias, tudo feito de cerâmica. Entre essas partículas do tempo, algumas também de pedra, como os instrumentos líticos, gentes e coisas se entrelaçam em meio a paisagens diversificadas que compõem um mosaico biocultural que a arqueologia chama de sistema agroecológico sustentável e, portanto, milenar.