No primeiro vídeo da série sobre o programa Itinerários Amazônicos, o professor de filosofia Manoel Ramos conta a sua experiência na implementação na escola pública Governador Alexandre Zacarias Assunção, localizada no bairro do Guamá, na periferia de Belém (PA). Desenvolvido em conjunto pela equipe docente e alunos do Ensino Médio e da EJA (Educação de Jovens e Adultos), o projeto teve como tema “Sociedade, cultura e meio ambiente: combatendo as fake news na construção de uma sociedade sustentável”. Como resultado prático da aprendizagem, dois painéis de notícias foram produzidos para exposição na escola. Além de tornar os alunos protagonistas de seu próprio aprendizado, Manoel conta que a atividade possibilitou que a comunidade refletisse sobre o desenvolvimento da Amazônia a partir do território e de seus povos, desenvolvendo um olhar mais crítico sobre sua exploração predatória e excludente, que não considera a existência dos povos originários e tradicionais. O programa Itinerários Amazônicos é uma realização conjunta do Instituto Iungo, da rede Uma Concertação pela Amazônia e do Instituto Reúna, em parceria e com investimentos do BNDES, Fundo de Sustentabilidade Hydro, Instituto Arapyaú, Movimento Bem Maior e patrocínio da Vale.

A bióloga e professora Luiara Gomes conduziu a disciplina “Projetos de Vida” para aplicar o programa Itinerários Amazônicos com alunos da 2ª série do Ensino Médio na Escola Argentina Pereira Feitosa, na zona urbana da cidade de Capixaba, no interior do Acre.

A atividade desenvolvida foi a “Árvore da Vida”, uma aprendizagem que estimulou cada jovem a exercer o autoconhecimento e a planejar o seu futuro. Com a provocação construtiva do projeto, os alunos puderam aprender e refletir sobre os valores locais, sua cultura, a potência da floresta preservada e a riqueza de seus povos. Um movimento que os levou a construir novos olhares, a acreditar que poderiam não apenas sonhar, mas realizar projetos de vida dentro das Amazônias.

A professora de sociologia Patrícia Helena Pereira mobilizou e trabalhou junto com uma equipe de sete professores para colocar em prática o programa Itinerários Amazônicos nas três séries do Ensino Médio da Escola Estadual Salomão Matos, em Salvaterra, na Ilha de Marajó (PA). Por meio das atividades, os estudantes vivenciaram uma quebra de paradigmas. Eles entenderam que estudar as Amazônias vai além da floresta, aprofundando conceitos como sustentabilidade e bioeconomia.

A professora de História Eliane Neres encontrou no programa Itinerários Amazônicos um aliado para adaptar suas práticas às mudanças do Ensino Médio. Com apoio dos materiais, ela desenvolveu atividades interativas com os alunos do Colégio Militar D. Pedro II, do município de Cruzeiro do Sul (AC), que ultrapassaram a sala de aula.

Entre as experiências bem-sucedidas está o programa “Amigos do Meio Ambiente”, em que os estudantes trataram de questões presentes no seu cotidiano, tais como secas, queimadas e enchentes, resíduos sólidos e cuidados com a natureza. A iniciativa deu tão certo que os jovens começaram a participar de parcerias com ONGs e a Secretaria de Meio Ambiente do município, o que consolidou o conhecimento sobre os temas abordados.

Guiar os estudantes na compreensão de suas identidades culturais e estimular um olhar crítico sobre a realidade regional. Foi com esse mote que a professora de Filosofia Fabiany Melo, de Rio Branco (AC), trabalhou conteúdos do programa Itinerários Amazônicos com seus alunos do 1º e 2º anos do Ensino Médio da Escola Professor Pedro Martinello.

Ela propôs trabalhar o contexto histórico e filosófico dos alimentos amazônidas em sala de aula, o que apresentou aos jovens a sabedoria das comunidades tradicionais dos quais muitos são descendentes. Os estudantes pesquisaram e aprenderam sobre o cultivo e uso de ingredientes locais. Nesse processo, eles também tomaram consciência de como as queimadas impactam a segurança alimentar da região, além de outras dificuldades enfrentadas pela população.