Por ter a presença da arte como um pilar sensível que mobiliza, emociona e aproxima, a plenária foi aberta com uma gravação do Choro das Manas, grupo formado por mulheres da Amazônia; em seguida, um vídeo em que o poeta Eliakin Rufino recita seu poema Panta Rei preparou o terreno para Lívia Pagotto, gerente de gestão de conhecimento e advocacy do Instituto Arapyaú, apresentar a retrospectiva dos destaques de 2021, por meio de uma linha do tempo que também dá visibilidade aos artistas parceiros.
Após a cantora e ativista Maria Gadu trazer uma fala emocionada e interpretar ao vivo sua canção “Axé acappela”, representantes de cada um dos 8 Grupos de Trabalho da Concertação relataram as principais atividades em 2021 e suas expectativas para 2022. Um ponto em comum é a intenção de aprofundar a articulação e troca de ideias entre todos os grupos formados.
O GT Narrativas, facilitado por Julia Sekula e Ilona Szabó (Instituto Igarapé), destacou as reuniões de inspiração que buscaram entender as narrativas existentes e as possibilidades de imaginação sobre a Amazônia. Para 2022, o grupo quer criar um núcleo estratégico para formular e testar mensagens e criar a primeira versão de seu decálogo/manifesto.
O GT Educação, facilitado por Fernanda Rennó (Instituto Arapyaú), ressaltou a definição de seu principal objetivo: o posicionamento da educação como um pilar fundamental para o desenvolvimento da Amazônia. Entre as aspirações para 2022, está a estruturação do planejamento estratégico e operacional, explicitando os focos essenciais do GT.
Já o GT Inteligência Política, facilitado pela RAPS (Rede de Ação Política pela Sustentabilidade), destacou as 29 reuniões virtuais realizadas com mais de 15 organizações do campo socioambiental, além de debates e relatórios de monitoramento. Em 2022, o grupo pretende ampliar o número de organizações nos encontros virtuais, aprimorar os espaços para debate e troca de ideias, entre outras evoluções.
Facilitado por Inaiê Santos e Carolina Genin, o GT Bioeconomia relatou seu protagonismo em iniciativas pioneiras como o I Fórum de Inovação em Investimentos na Bioeconomia Amazônica (F2iBAM), além da publicação de artigos e participação em eventos nacionais e internacionais. A agenda para 2022 inclui a criação de subgrupos para aprofundar temas estratégicos.
Por sua vez, o GT Engajamento do Setor Privado, facilitado pelo CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável), enfatizou o lançamento do Posicionamento do Setor Empresarial sobre a Amazônia e a definição de seu tema central: Combate ao Desmatamento Ilegal e Promoção de uma Economia Inclusiva e Regenerativa. O planejamento para 2022 engloba ações de advocacy, matchmaking de projetos entre empresas e a inclusão do tema Amazônia na carta aos presidenciáveis.
Para o recém-criado GT Juventudes, facilitado pela rede Em Movimento e por Marcella Santos, o destaque foi a própria criação do GT e a grande presença de jovens na COP26. Seus principais desafios para 2022 incluem envolver as Juventudes de forma transversal na Concertação, pensar ações que impactem positivamente a Amazônia e as juventudes que nela residem, entre outros.
Já o GT Ordenamento Territorial e Regularização Fundiária, facilitado por Carolina Graça, mencionou entre suas principais atividades o alinhamento sobre seu propósito, a realização de discussões e rodas de conversa e publicações. Para 2022, o grupo pretende evoluir materiais publicados, buscar o engajamento com stakeholders e implementar projetos piloto.
Finalmente, o GT Cultura, facilitado por Fernanda Rennó, destacou sua participação em eventos nacionais e internacionais, bem como a composição dos espaços, ações e produtos da Concertação impregnados por arte e histórias de vida. Em 2022, além de manter a forte influência da cultura local na Concertação, o grupo também quer percorrer o caminho inverso, disseminando as temáticas da Concertação para as comunidades regionais.
A plenária foi encerrada com as perspectivas da rede para o próximo ano, apresentadas por Lívia Pagotto. Além da ampliação de participantes, há intenção de avanço da internacionalização, implementação de ações estruturantes por parte dos GTs, fortalecimento da plataforma da Concertação como espaço de conhecimento e encontro sobre e da Amazônia, revisão do documento Uma Agenda pelo Desenvolvimento da Amazônia por lideranças dos povos indígenas e por lideranças das juventudes, entre outros.
Confira a facilitação gráfica
com o resumo da plenária: