A pandemia expôs as desigualdades estruturais e a falta de resiliência de nossas economias. Muitos países têm implementado pacotes de medidas dotados de recursos financeiros como estratégia para promover a recuperação econômica.
No Brasil, mais de R$ 520 bilhões em execuções fiscais e orçamentárias foram gastas para combater os efeitos da pandemia somente em 2020, o que representa cerca de 7% do PIB nacional. Mas o quanto deste recurso está direcionado em valorizar o capital natural no centro das decisões políticas e econômicas, tendo como foco a Amazônia, para uma recuperação “verde” baseada na natureza neste contexto da COVID-19?
É esta avaliação sobre os impactos das medidas de estímulo econômico sobre o capital natural, com foco nas ações implementadas na Amazônia Legal brasileira durante a pandemia, que se propõe o estudo “Recuperação Verde na Amazônia: O capital natural no centro das decisões políticas e econômicas no contexto da COVID-19”.
Esta publicação é parte do estudo global “Mainstreaming Natural Capital Approaches in Economic Decision-Making” sobre recuperação econômica verde no contexto da COVID-19 com a participação de estudos de casos do Brasil, França, Índia e Uganda. Foi coordenado no Brasil pelo Hub de Bioeconomia Amazônica, coalizão entre a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Green Economy Coalition (GEC), em parceria com o Programa “Economics For Nature” da Green Economy Coalition (GEC) e International Institute for Environment and Development (IIED). Este trabalho é financiado pela Fundação MAVA.
Em um cenário de confluência de crises climática, sanitária e socioeconômica, colocar a natureza no centro das decisões se mostra como oportuno para estimular a retomada verde.
O estudo será apresentado pela Marysol Goes, facilitadora do Hub de Bioeconomia Amazônica no dia 23 de novembro de 2021 às 08h (BR) no painel “Towards a nature positive economic recovery post COVID-19” organizado pelo IIED e pela Green Economy Coalition.