Mesmo que seja possível limitar o aumento da temperatura global em 1.5ºC por meio da mitigação das emissões de GEE, populações ao redor do mundo já estão sofrendo impactos severos da mudança do clima, principalmente nas regiões mais vulneráveis do globo, como é o caso do bioma amazônico.
Assim, medidas de de adaptação e aumento da resiliência se fazem imprescindíveis no atual contexto. No Brasil, um dos desafios centrais dessa agenda, que já conta com importante arcabouço legal e político, é fortalecer as capacidades locais institucionais de execução de compromissos, integrando a adaptação a processos já em operação. Além disso, a transversalidade demandada por políticas de adaptação requer a revisão de antigos paradigmas de desenvolvimento, trazendo para o centro do debate questões relacionadas aos direitos humanos e justiça climática, pautadas por mudanças sistêmicas fundamentais.
Para que uma proposta de adaptação se concretize, especialmente na Amazônia, é preciso considerar as especificidades locais e garantir a participação social no planejamento, elaboração e implementação de políticas públicas direcionadas.