PV Dias pesquisa os modos como as imagens de um território se estruturam e as possíveis formas de rasurar, alterar ou emendar essas estruturas. O artista propõe, por meio da pintura, da fotografia e das artes digitais, dinâmicas de reoperar cânones artísticos e vícios historiográficos e sociais. Dias apresenta realidades que conflitam com um imaginário fruto do senso comum imbuído de exotismos e estrangeirismos. Esses estereótipos geralmente perpetuam uma leitura da Amazônia como território ermo, sempre na periferia da modernidade. Dias congrega amplas reflexões caras à arte contemporânea, como as discussões sobre arte ‘local’ e ‘global’ e sistemas de pensamento ‘popular’ e ‘erudito’, até a revisitação decolonialista de narrativas e historiografias, hibridismos culturais e mercado de NFTs. Sua prática artística se dá em múltiplas plataformas, como pintura, fotografia, intervenções digitais, vídeos e animações.