Relatório sugere modelos de gestão territorial voltados à criação de polos de inovação da sociobioeconomia na região amazônica
Lançado pela Concertação e a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, com apoio da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), o documento tem o objetivo de influenciar políticas públicas voltadas ao tema e é resultado de mais de dois anos de atividades.
A publicação faz um relato dessa jornada, que incluiu a identificação de condições viabilizadoras do desenvolvimento da sociobioeconomia florestal amazônica a partir de casos de sucesso na região. O texto traz suas principais conclusões, ancoradas principalmente na percepção da importância do papel dos povos tradicionais do território para o desenvolvimento dessa sociobioeconomia.
É fundamental olhar os povos indígenas e tradicionais como pilares do desenvolvimento sustentável da Amazônia
Essa foi a abordagem que emergiu da Jornada de Aprendizagem como essencial à sustentabilidade da sociobioeconomia da Amazônia, de maneira a garantir que as metodologias sejam apropriadas aos (e nos) territórios. Por isso, o relatório defende a importância dos processos de colaboração e escuta ativa e a necessidade de desenvolver novas linguagens e formatos de comunicação para garantir a participação efetiva e a apropriação dos conceitos pelas comunidades tradicionais e agentes territoriais.
Ainda em relação às comunidades locais, a publicação valoriza o fortalecimento das organizações de base e redes de inovação, propondo estratégias para alternativas competitivas frente aos modelos predatórios que prevalecem no cenário atual.
Conectar os territórios sustentáveis com políticas nacionais e estaduais de bioeconomia é um dos desafios mais importantes
A identificação de métodos de gestão territorial que possam inspirar a construção de um modelo de política pública adaptada à sociobioeconomia de florestas foi também um resultado importante do Ciclo de Escutas. Entre outros ganhos, esse processo permitiu perceber a necessidade de conectar os territórios de inovação a atividades associadas a soluções climáticas.
Essa conexão viabiliza a criação de modelos para novas bases de desenvolvimento, como os mercados de carbono e a economia da restauração ecológica. É preciso, no entanto, não esquecer de garantir recursos na ponta e atender às demandas estruturadas pelos próprios territórios.
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